As luzes da sala apagam-se, ficam as do palco. Uma figura pequena e frágil surge, cabeça coroada por uma mata de cabelo avermelhado e revolto, a face pintada. O silêncio é preenchido pela música, as palavras não são para aqui chamadas. Acabava de entrar em cena Marcel Marceau, o maior mimo do século XX, num CCB não lotado, mas totalmente rendido. Aos oitenta anos, ainda o seu corpo possuía uma flexibilidade de dançarino, enquanto realiza o seu teatro da vida, as mãos como pássaros movendo-se e transformando o espaço. Bip surge na segunda parte, calças brancas subidas, camisola de peitilho às riscas, cara branca. Torna-se um amante, duas pessoas numa, um abraço apertado num corpo que é dois. Chora, ri. Faz-nos chorar e rir com ele.O Artista em todo o seu esplendor, aquele que é capaz de encher uma sala com a sua mera presença. Foi esta a impressão que Marcel Marceau deixou em mim, numa tarde de Dezembro, quatro anos atrás. Morreu ontem, aos 84 anos. Uma perda para o mundo, mas mais uma aquisição para a imortalidade! Fecho com uma homenagem em vídeo - pois, de facto, com Marceau, as palavras são o menos importante...
7 comentários:
R.I.P :(
Uma perda enorme para a Arte... paz à sua alma :(
soube desta notícia pela primeira vez aqui.
tens sempre postagens de coisas pertinentes, interessantes, verdadeiras.
e eu adoro as tuas collants meez (i'm getting some too)!!!
:)
deixo-te um beijinho!
boa semana!
Uma figura que marcou!
Viverá para sempre...
Um beijinho de fugida
Pfff...
Confesso que me apanhaste de surpresa. Tenho uma grande admiração pelos mimos, e principalmente por ele. Tenho-o acompanhado ao longe desde pequeno e realmente é triste saber isso. Adoro mímica e no meio do meu amadorismo, de vez em quando apanho-me a fazer algumas coisas.
Gostaria de colocar aqui um comentário em mimica, mas acho que não conseguiria fazer passar a mensagem...
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