21 de junho de 2007

Guilty Pleasures...


Seguindo o exemplo ali da Niskas, hoje trago um prazer culpado (e daí talvez não!).
Costumo deixar o Media Player em modo aleatório, para usufruir de toda a playlist. O que é que isso interessa, pensam vocês? Interessa porque estando eu concentrada a esmiuçar o manifesto surrealista, de repente me salta uma música que foi importantíssima na minha adolescência, e que já não ouvia há imenso tempo: Join me in death, dos HIM aka His Infernal Majesty. Aliás, Razorblade Romance, foi o álbum que mais ouvi, over and over again na complicada fase dos 14 - 16 anos... Comprei-o no dia do baile de finalistas do 9º ano, e a minha tia, que estava comigo, pensou que o Ville era uma mulher! Foi o meu consolo, a minha fonte de alegria. A cabeça cheia de pensamentos mórbidos (nada suaves mesmo - inside joke ali para a Maria...) enchia-me de uma sensação de ser alguém, uma mente em funcionamento, que merecia o lugar que o estúpido corpo ocupava neste mundo... Sim, era gótica q.b., mas não na parte estética (bem, um bocadinho, mas nada que se notasse muito! A minha mãe estava sempre a implicar com o risco nos olhos e com as unhas azuis...), mais no pensamento. Mas sempre prezei demasiado a originalidade e a liberdade para me estar a inserir em grupos! Adiante! Ville Valo, esse príncipe do gelo, esse filandês sexy e pálido, andrógino o suficiente para despoletar paixões avassaladoras numa adolescente fixada na estética Romântica. Era o meu modelo de homem na altura, devo confessar (agora é mais o Nick Cave... ffffff!!!). E continuo a gostar da sua voz. Sim, HIM é música para gajas. É pop disfarçado. As músicas são todas parecidas, em letra e melodia. É mel disfarçado de vinagre. Mas quando a minha cabeça está a rebentar de tanto estudo e pensamento, é um bálsamo que vai directo ao coração. Foi o meu primeiro concerto, a 10 de Novembro de 2001, véspera do meu 16º aniversário, a melhor prenda que me podiam ter dado. Pode dizer-se que comecei o dia de anos ao som da minha banda favorita (na altura). E ainda hoje me arrepia ouvir Join me in death, e lembrar-me de um Coliseu a abarrotar e a gritar a plenos pulmões "This life ain't worth living!!". Eu acho que merece, sempre achei. Mas mesmo assim, gritei, com toda a alegria do meu coração - porque este é o poder da música! Deixo-vos com o vídeo, a versão da banda. A primeira versão que eu vi (e que me fez apaixonar) foi a da banda sonora de Existenz, com umas luzes verdes muito cool. ;)





A poison kiss for you all! ;P