17 de julho de 2006

Conflitos conflituosos

Hoje deram-me uma moeda isrealita. Foi uma alegria abrir a minha caixa de gorjetas, e descobrir, entre os comuns euros da minha vida, um pedaço de oriente. E depois, lembrei-me dos conflitos entre isrealitas e palestinianos, e fiquei profundamente triste. Aquela moeda transformou-se num símbolo de guerra, de horror, de profunda insegurança. A consciência de que esta guerra nos afecta mais do que gostamos de pensar enche-me de temor. Aqui estamos nós, envolvidos nos nossos problemas quotidianos, enquanto no berço da humanidade, centenas de pessoas inocentes, como nós, caem como moscas, vitímas de uma guerra que enquanto ocidental, e principalmente enquanto ser humano não percebo... Não estou a falar das razões históricas, ou ideológicas, mas sim de consciência. De nós, do mundo, da nossa relação com o mundo, da relação do mundo connosco. Como é possível? Porquê?
Estou sem esperança, sem fé no Homem. Mas o tempo dos positivistas já passou, de qualquer forma. Hoje já não se tem esperança no Homem, tem-se esperança na economia global - na "liberdade" que os países "desenvolvidos" têm a "obrigação" de "levar" aos países de "terceiro mundo". Percebem as aspas, certo?

Não há música hoje. Só silêncio.

Até à próxima, se ainda aqui estivermos...