Tenho passado os últimos dias a pensar no conceito de alma gémea... Acreditam que existe uma alma gémea por aí à solta, á espera que tropecemos nela/e? Então é porque estão apaixonados, e em princípio de relação, de certeza. Acertei? Pois, só não acerto no Euromilhões... ;)
Brincadeiras á parte, estou cada vez mais convencida de que as nossas percepções deste assunto estão intimamente ligadas aos estados da nossa vida (não vida no meu caso) amorosa. Lendo isto, parece-me de facto estúpidamente óbvio... Enfim, continuando, é claro que a alguns românticos idealistas, esta bela ideia atrai como se de uma directriz de vida se tratasse. Eu não estou desencatada com o amor, apesar do que o meu tom possa deixar transparecer. Só estou a rever seriamente as MINHAS directrizes... Certo, ex-romântica idealista em processo de crescimento. A sociedade moderna não me parece o local ideal para se ter uma alma gémea. As pessoas estão demasiado ocupadas a preocuparem-se consigo mesmas para se darem ao trabalho de CONHECER o outro. Não é travar conhecimento, isso é fácil. É conhecer a sério, o mais profundamente possível... Ou, já que falamos nisso, conhecerem-se a si próprias. Mais uma vez, a diferença de termos é importante - preocupar é fácil. Conhecer é difícil, exige reflexão, logo exige tempo, que vale petróleo, logo não pode ser desperdiçado em coisas de somenos importância como estas... Como é que é possível ter sequer a esperança da existência de uma alma gémea nestas condições? Ná!!! Não me parece! Enfim, acho que temos de nos contentar com um ser humano normal, com o qual tenhamos de resolver as nossas diferenças, e que tenha o azar de nos cair ao caminho! =)
Um grande beijo, tenham ou não encontrado a metade perdida da vossa alma!