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P'ra rude faina do mar
E há quem diga que viu
O velho barco chorar
Partia sem rumo certo
Mas decerto já sabia
Não ia ficar por perto
Na última vez que saía
O velho barco chorava
Não por ter medo do mar
Sabia que não voltava
Nunca mais a navegar
E hoje o barco velhinho
Que já não navega mais
Vive triste e sozinho
Encostado a qualquer cais
José Raposo, Afectos e Cumplicidades, Ed. de Autor, Setúbal, 2006
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