29 de abril de 2008

pensamento do dia

é na contemplação das coisas que me sinto mais eu mesma. chego à conclusão que não tenho tido muitas oportunidades para me sentir eu mesma ultimamente. a conta bancária agradece....

(foto tirada pelo meu amor, na entrada para a Quinta da Regaleira, Sintra)

25 de abril de 2008

Liberdade!


Mais um dia 25 de Abril. Dia da liberdade, dia de folguedos, dia de nos sentirmos felizes por vivermos hoje e não há 35 anos. Eu pelo menos sinto-me feliz por isso! Lembro-me da primeira pessoa que me falou do significado deste dia, andava eu na 3ª classe - A Professora Hilda. Mulher nascida em Àfrica, onde não me lembro, revolucionária acérrima. Tratou de nos incutir nas cabecinhas tenras a alegria de sermos filhos da revolução. Falou-nos dos horrores de então, sem ter medo da nossa imaturidade. Também nos falou das alegrias. Mostrou-nos as canções. Tratou de criar em mim um respeito de deus por Zeca Afonso, o poeta da revolução. Passou-nos os ideais de uma pessoa nascida livre numa época de repressão, que nunca deixa esquecer o quão valiosa é essa mesma liberdade. Nunca vou deixar de lhe agradecer isto. E mais umas quantas coisas, muitas mais. Lembro-me do desenho que fiz nesse terceiro ano, para a inevitável exposição escolar. Desenhei uma florista, com os cravos à porta, a dona da loja a colocar um cravo na arma de um soldado que por ali passava. Acho que a desenhei loira. Não tenho a certeza. Lembro-me que aquele foi o primeiro desenho de que me orgulhei a sério (desenhava muito mal naquela altura, tanto casas como letras). Fomos com ela ver uma exposição no ano seguinte, não me perguntem onde, e lá estavam as fotos, os jornais de época, a música. O medo e a repulsa que me inspiravam a PIDE continuam ainda hoje. Mais mitigados agora pela minha tendência de ver tudo à luz da História e da Sociologia. Mas continua a revoltar-me a célebre frase "no tempo de Salazar é que era!". Mete-me medo a tendência que há em tempos como estes que estamos a viver para o ressurgimento de ideais de extrema-direita. Mete-me raiva ver jovens da minha idade que não perdem dois segundos a pensar nestas coisas, para quem o 25 de Abril é um feriado com flores e fogos de artifício, sempre com o mesmo filme na televisão. Acordem de uma vez por todas!!!!! Há 35 anos, nem um isqueiro se podia usar sem licença! Querem voltar a isto?

23 de abril de 2008

Nick no coliseu

O que é que posso dizer? Acho que foi o melhor concerto da minha vida até agora... Pelo menos foi aquele que esteve mais perto de me provocar um ataque cardíaco!!!!! Aos primeiros acordes de "The Night of the Lotus Eaters" senti-me a desfalecer e a acordar ao mesmo tempo, as lágrimas saltaram-me dos olhos, e escapou-se-me um "cabrão de merda" dos lábios. É a minha música favorita do "Dig, Lazarus, Dig". Como é que ele tinha adivinhado?!!! Claro que não adivinhou, mas apanhou-me de surpresa. A partir daí foi uma montanha-russa. Ainda não recuperei. Ainda estou imersa em Cavernas e Sementes Podres, o dia inteiro a cantarolar qualquer uma daquelas canções. Desafinou? sim! Não sabia as letras? Não! Não sabiam tocar algumas músicas? não! Mas mesmo assim, foi perfeito! Fenomenal, intenso, negro e sexual como só eles sabem ser. Aquele movimento de ancas, uf.... Já não sabia se o calor era da massa humana ou da energia sensual daquele palito de bigode ali a uns míseros três metros de mim! Bem disposto e comunicativo, pronto a dizer ao público que o amava, ou chamar-lhe idiota, Nick foi ele mesmo, quer dizer, pelo menos o mesmo da sua persona de artista! Abattoir blues/the lyre of orpheus praticamente não esteve presente, mas eu acho que este não foi um concerto para os apreciadores do referido álbum, que é Nick Cave & the Bad Seeds em versão gelado de verão... Foi um concerto pesado, uma muralha sonora, suor, adrenalina e sexo, com momentos doces, mas nunca muito solenes, excepto talvez em "your funeral, my trial". Isto é o que eu acho, o que me pareceu, não tenho vocação de crítica, nem paciência, diga-se. Stagger Lee é um incêndio em forma de canção. Já o tinha sido em Paredes de Coura, mas aqui foi mais. A sala era mais pequena, mais quente, e eles estavam mais perto. Não estava à espera de "into my arms", o que foi uma agradável surpresa. Mas o brilho foi mesmo todo para as canções de "Dig, Lazarus, Dig!!", que o merecem diga-se de passagem. Este álbum é muito, muito bom. Melhor que o anterior, de que eu também gosto muito. Mas este é mais Nick Cave & the Bad Seeds, em todo o seu esplendor criativo. Espero que percebam esta verborreia. Já há algum tempo que não escrevia tanto aqui. Acho que já me alonguei demais. Para uma troca maior de impressões, está aqui a caixa de comentários, ou o mail, se preferirem, ali ao lado. Mudando de assunto, adorei a actuação de Dave Graney e dos seus Lurid Yellow Mist. A mulher dele é a coisa mais linda e querida! E ele também! Amei!!! Bem, fico-me mesmo por aqui. Despeço-me com um vídeo, nada mais nada menos que o nosso diário, meu e da Curse! Agora em versão digital, e com o dobro da parvoíce!!!! hehe!! Não filmei mais que uns segundos do concerto, que vão encontrar ali pelo meio, não estava para isso, queria era sentir a música. Ah, troquei o som do excerto pela música original, que o som estava mesmo mauzinho... Espero que gostem!!!


beijos!!!

20 de abril de 2008

Voulez-vous NickNick avec moi, c'est soir?*



Amanhã!!!

"And that's how the devil died, 'cause Stagg put four holes in the mother fucker's head!!"

* frase da autoria de Curse of Millhaven, pois claro... ;)

7 de abril de 2008

uf!

não sei o que escrever no blog!!!!

pronto, está dito... em plena crise de imaginação, saibam que não me esqueci de vocês...

kisses!!! ;P

2 de abril de 2008

Novidade!

A vossa cara Betty faz finalmente parte da classe trabalhadora deste país! hehe! Mas depois de um dia inteiro em frente a um computador, não sei se terei coragem para actualizar muitas vezes o blog... Safam-se os fins de semana! :D Fiquem com uma musica para animar! E para dar as boas vindas ao calor!!! :D


have fun!!! =)